"Ao redor, bons pastos, boa gente, terra boa para o arroz. E o lugar já esteve nos mapas, muito antes da malária chegar."
Para aproveitar mais a leitura (ou releitura) do canto, fique atento às questões centrais e aos temas transversais do texto.
Vivendo em uma cidade quase fantasma, assolada pela maleita (malária), primo Ribeiro e primo Argemiro estão moribundos, esperando a morte chegar. Os dois têm uma relação de codependência e um cuida do outro durante os delírios da sezão. Em determinando momento, os dois começam a conversar sobre Luísa, esposa de Ribeiro que o abandonou para fugir com um boiadeiro. Argemiro acaba confessando que também era apaixonado por ela e que só foi morar na propriedade de Ribeiro por causa desse amor. Porém ele garante que sempre respeitou Luísa e que ela nunca soube de seus sentimentos. Todavia, apesar dessa garantia, Ribeiro se enfurece com a traição do amigo e o expulsa da casa. Argemiro vai embora sentindo mais fortemente os sintomas da doença.
Primo Ribeiro: moribundo e doente de malária, Ribeiro é o dono da casa onde se passa o conto. Casado com Luísa, foi abandonado por ela antes da doença lhe vitimar. É grato pela presença de primo Argemiro, sendo codependente dele. Tem muito claro para si seu código de hora e não perdoa traição.
Primo Argemiro: igualmente moribundo e doente, Argemiro foi morar na casa de Ribeiro por estar apaixonado pela sua esposa, Luísa. Embora nunca tenha tentado avanços com Luísa, sente-se culpado e confessa sua paixão antiga a Ribeiro. Por isso, é expulso da propriedade.
Prima Luísa: esposa de Ribeiro, muito bela. Fugiu com um boiadeiro, abandonando o marido.
Ceição: preta velha, empregada da casa.
Jiló: cachorro, fica confuso quando Argemiro vai embora, pois já não sabe quem é seu dono.